domingo, 7 de agosto de 2011

Capitulo 2


Quando chegamos , voce pode imaginar como foram o resto dos meus dias , escola - casa , casa - escola . Eu não saia muito pois estavamos em semana de prova então … Eu tinha que estudar , passar de ano é o que há . Mas eu procurava passar o maximo de tempo possivel com a minha mãe e com meus amigos . Eu não tive outros sonhos depois daquele , e eu prefiro nem lembrar dele .

- Hope , vamos - A voz de Emy me tirou de meus desvaneios .

Arrumei minhas coisas e desci as escadas da escola com pressa . Eu queria chegar logo em casa , pois minha mãe chegaria bem cedo hoje . E eu sentia muita falta dela . Então , fui quase correndo para casa . Quando finalmente cheguei , abri a porta depressa . Mas , para minha surpresa , a casa estava vazia ; Joguei minha mochila no chão e subi as escadas correndo . Entrei no quarto dela , no meu , nos banheiros e nada da minha mãe . Na parte de baixo ela também nao estava . Meu coraçao começou a doer dentro do meu peito , mas não por causa do cancer , por conta do desespero que tomava conta de mim . Minha mãe nunca saia de casa sem deixar bilhetes , e dessa vez , não tinha nem uma papelzinho em cima da mesa da cozinha . Nada , simplismente nada . Liguei na clinica e eles me disseram que ela já havia saido de lá a duas horas . Duas horas é tempo mais do que suficiente para minha mãe chegar em casa . A ultima saida era o celular dela , mas ela nunca o atendia , eu mesma nao entendia o porque de ela ter celular, porque sempre caia na caixa postal . E como em todas as outras vezes, dessa vez caiu na caixa postal . Meu coraçao acelerava , meu peito parecia que estava sendo esfaqueado , meus olhos foram tomados por lagrimas e minha mente estava tentando acalmar o resto do meu corpo . O telefone de casa todou , corriu para atende-lo .

- Alo - atendi .

- Hope … - a voz dele me vez arregalar os olhos.

O que voce quer Bruno ? - eu disse , seca .

Ele riu do outro lado da linha .

- Bom , eu queria só fazer uma troca contigo meu amor- disse ele , sua voz era afiada e doce ao mesmo tempo .

O que ele queria com aquilo ? Mais um de seus joguinhos ?

- Que ? - eu realmente não entendia o que ele queria com aquilo .

- Sua mãe por o nosso amor , ou melhor , por voce - disse ele .

Ele estava com a minha mãe ? Não , não , não ! Dessa vez ele foi longe demais ! O que é que ele pensa que estava fazendo ?

- Voce ta com a minha mãe Bruno ? Deixa ela em paz , eu faço o que voce quiser mas deixa ela em paz , por favor - eu quase não conseguia falar , chorava muito e meu coraçao logo começou a bater mais forte .

- Olha , arruma suas coisas , e me encontra na frente da Ysmoting Café , eu liberto a tua mãe e voce vem comigo … - disse ele - Mas agora , se voce fizer alguma gracinha , como sair correndo , se acha que eu vou ter piedade , esta errada , eu acabo com voces duas , ouviu Hope ? - Ele ficou agressivo .

- Tá , tá tudo bem , quando eu te encontro lá ? - Minha mão e minhas pernas tremiam , mas meu coraçao doia como nunca .

- Bom , hoje é dia 12 de abril né ? Lembra hoje , dia doze de junho foi quando voce terminou comigo , entao é hoje . Daqui a vinte minutos , na frente da Ysmoting Café . - disse ele , e desligou .

O telefone caiu de minha mão , que tremia como nunca havia tremido antes , eu chorava muito . As lagrimas deslisavam pelo meu rosto como agulhas , e perfuravam cada centimetro do meu corpo . Com as poucas forças que eu tinha , me levantei e fiz minha mala . Coloquei o necessario para minha sobrevivencia . Peguei um taxi e fui para a Ysmoting Café .

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